
Datas
O historiador calcula que o cemitério da Seca Baixa, localizado a cerca de três quilômetros da divisa com Colinas, deve ter medido em torno de 15 metros de largura por 30 de comprimento. A data mais antiga de sepultamento é 15 de outubro de 1893, de Manuel da Costa Leite, um dos primeiros povoadores de Arroio da Seca, nascido em 1855 e casado com Isabel de Souza Pereira. O último é de 1939, de Belmira Sabino de Souza. “Se a maioria dos mortos é luso-brasileira, há quatro sepulturas da família italiana Tonini”, destaca Schierholt.
Cobrança
Diante da situação atual do cemitério, o historiador sugere: “A comunidade tem que tomar conhecimento da realidade e decidir pela conservação. Se não tiver mais descendentes diretos, o município tem que investir”. Enquanto isso, a secretária municipal da Educação, Cultura, Desporto e Turismo, Edí Fassini, diz que não teria como responder, sem antes contatar com o Poder Executivo, se a Administração Municipal se envolverá na conservação do espaço. “É um cemitério antigo da comunidade. Não é uma área da municipalidade e, por conta disso, não tenho como dizer algo neste momento”, coloca.
Remanescente
Entre as mais de dez lajes tumulares caídas na vegetação, restou apenas uma em pé. Trata-se das sepulturas de Belmira Sabino de Souza e José Sabino da Silva, tropeiro e povoador em Soledade, que veio a ser um dos primeiros moradores na Seca Baixa. Deu origem ao nome de Sanga do Sabino. Eles são bisavós do morador da Seca Baixa Romildo Sabino da Silva (86). A filha de Romildo, Liane Elizabete Sabino da Silva, comenta que, quando criança, visitava o cemitério acompanhada da avó. “Enquanto conseguimos cuidar e manter os túmulos fizemos isso. Só que depois minha avó e minha mãe morreram, os irmãos do meu pai saíram daqui, e o cemitério, aos poucos, foi ficando abandonado. Hoje eu não tenho como conservá-lo, até gostaria, mas tudo na vida tem um fim, até os túmulos”, menciona.
Cíntia Marchi
O Informativo
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