quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Resgates em acidentes têm queda média de 14,86%

Levantamento do Ministério da Saúde foi feito em 26 capitais e aponta redução trinta dias depois da nova lei de trânsito. Em seis cidades, redução foi superior a 20% Nos trinta primeiros dias da lei que proíbe dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas (de 20 de junho a 19 de julho), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no conjunto de 26 capitais do país, atendeu 1.772 acidentes de trânsito a menos do que em igual período imediatamente anterior (de 21 de maio a 19 de junho). As ocorrências caíram de 11.918 para 10.146 – redução de 14,86%. Em seis capitais, a queda foi superior a 20%: Campo Grande (MS), Belém (PA), Manaus (AM), Macapá (AP), Salvador (BA) e São Luís (MA). O SAMU de Porto Alegre, por sua vez, 16,36%. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, observou que, além de poupar vidas, a nova lei é importante para reduzir os gastos com o tratamento de vítimas em unidades de saúde. “O Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas) estima que os gastos totais com o atendimento médico hospitalar, internações, cirurgias, tratamentos das vítimas de acidentes de trânsito custam ao SUS cerca de 5 bilhões de reais por ano. Em cada redução de 10% do número de vítimas, o Ministério da Saúde estaria economizando o equivalente a 500 milhões de reais. Só para se ter uma idéia, isso permitiria ao ministério, por exemplo, construir 300 Unidades de Pronto Atendimento 24 horas. Os acidentes de trânsito têm um peso significativo nos atendimentos do SAMU. Em Brasília, por exemplo, 45% dos resgates são para atendimento a ocorrências de trauma, das quais 60% estão relacionadas a acidentes de trânsito. O ministro da Saúde considera que a nova lei trouxe um ganho operacional para o serviço.

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