segunda-feira, 13 de abril de 2009

Carinho ao confeccionar trajes típicos

Uma empresa de confecções de Imigrante não consegue dar conta em atender aos pedidos.

Tudo iniciou em fevereiro de 1986, com o nome Wil Malhas, quando entraram na confecção sob medida para festas e folclore gaúcho, trabalhando com malhas de fio.
Em 1990, o primeiro traje típico alemão para o grupo Sonnenlicht de Imigrante. No mesmo ano, por ocasião do encontro nacional de grupos alemães do Brasil, em Gramado, destacando-se com os trajes de uso particular.

Numa referência aos proprietários Rejane e Wilney Haberkamp, desde 1995 a empresa denomina-se Rewil. Atualmente em um novo espaço, a confecção é destinada somente a trajes folclóricos, focalizando mais grupos de danças. As pesquisas são realizadas em livros, pela Internet, contatos diretos e visitas em museus. “Tudo para deixar o mais original possível, conforme a sua época e a localização no pais de origem, e claro, adequando um pouco aos nossos tecidos e clima”, refere-se Wilney. O maior enfoque é para os trajes típicos alemães, austríacos, italianos, poloneses, portugueses e outras etnias solicitadas.


Sem crise
Wilney e a esposa Rejane, atuam sozinhos na confecção. As filhas Iôlany (16) e Kauane (9) estudam. Os pedidos são variados com trajes para comendas, recepcionistas, grupos folclóricos e de festas típicas. Mais de 300 grupos de danças já foram atendidos. A carta de clientes se espalha pelo Brasil, desde o Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e até para a Alemanha.

Os últimos pedidos entregues foram para um grupo de casais de Cariacica-ES, com indumentária italiana, e para um grupo de danças de Benedito Novo-SC, traje típico alemão. Em confecção estão encomendas de Lajeado, Santa Clara do Sul, Teutônia, Blumenau-SC, Forquilhinha-SC e também Imigrante. “Ainda não fomos atingidos pela famosa crise. Quase não damos conta em atender aos pedidos. Às vezes recorremos ao apoio de algumas amigas costureiras”, conta o entusiasta Wilney, que ainda encontra tempo para ser instrutor de danças folclóricas alemãs em Imigrante e Colinas.

Para a esposa Rejane, uma exímia costureira e mestre em confecções, o segredo da grande procura pela feitura dos trajes, “é a dedicação e o carinho no trabalho, o que resulta num produto de qualidade”. Também pudera, pois a mercadoria encomendada destina-se somente aos bons momentos da vida, como bailes, festas e apresentações de grupos em eventos festivos. (AI)

Fotos: Bagestan

Família Haberkamp com trajes da própria confecção
Trajes confeccionados para o grupo Sonnenlicht

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